quarta-feira, 25 de julho de 2012

Esteriótipos disfarçados de coisas pra bebês

Nós não achamos que o sexo seja o mais importante, sem dúvidas queremos alguém saudável, feliz e bem resolvido... nós nem iamos contar o sexo quando soubessemos, pra evitar aquela enxurada de coisas todas da mesma cor e só de bonequinha ou carrinho. Isso porque queremos que nosso bebê tenha contato com tudo, seja moderno e sem preconceitos, sinta-se adequado tanto trocando um pneu quanto uma fralda... os adultos precisam ser asssim atualmente, e, é com as brincadeiras de criança que aprendemos.

Maaaaass, a industria tá aí, investindo pesado na manutenção dos esteriótipos, da mulher-mulherzinha e do homem-machão e até as cores menos comuns (rosa e azul) não são mais tão unisex assim... o que nós obriga a revelar o sexo do nosso bebê, e com a máxima urgência, já que todos estão ansiosos pra comprar seus presentes e fica muito díficil não tender para o masculino ou feminino.

Estou penando pra variar as cores, pra comprar roupinhas azuis e rosas em modelos que não as deixem femininas ou masculinas, assim como objetos pro quartinho... Isto na esperança de ensinar a Alice ou o Matheus que cor não determina opção sexual, que brincar de carrinho é tão legal quanto brincar de boneca e que quando ele ou ela crescer vai trocar fralda e pneu e isso não vai mudar a opção sexual que ele ou ela escolher.

Mas antevejo um futuro difícil, nossa luta está só começando, o bebê ainda está protegido da sociedade e da mídia e nem assim tem sido fácil... eu fico aqui imaginando se temos uma princesinha ou um princípe e pensando o quão mas trabalhoso será transmitir esses valores à um menino, numa sociedade "machista", em que os homens ainda não forão à praça queimar suas cuecas e lutar por igualdade... porque por mais díficil que seja eu posso escolher se quero ser mãe ou profissional, ou os dois, eu posso pedir ajuda pra trocar um pneu ou uma fralda e não vou parecer um ET... mas o Léo?! ele tem que sustentar a casa, trocar pneu sem reclamar, e mesmo assim quando o virem trocar fraldas em público, dar mamadeira ou levar pra passear, olharam como se ele fosse um avatar.. Ele não pode ficar 6 meses em casa só pra cuidar do filho, e se precisar faltar pra levar o bebê ao médico ou ir numa reunião escolar, irão perguntar se não tem uma mulher que possa fazê-lo...



Bom, não é isso que eu qro pro meu filho... Eu quero garantir o direito de escolha, o direito a ser alguém bem resolvido que faz o que gosta e não se sente mal por delegar determinada tarefa, pq ele ou ela pode sim ter uma família em que a mulher trabalhe e o homem cuide dos filhos, ou que o homem passe roupa e a mulher troque chuveiro, e pode brincar de boneca e de carrinho, e de ser bombeiro, cozinheiro, médico, engenheiro e o que mais a imaginação dele permitir, sem intervenções. E você o que quer pros seus filhos?

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