sábado, 19 de janeiro de 2013

Nossos 3 meses e meio

Dizer que o tempo passa rápido é tanto cliche quanto eufemismo, o tempo voa e quando a gente vê está com um bebezão nos braços. Nossa pequena buda já sustenta a cabecinha e não quer mais ficar sentada. Não mama no peito e adora suquinho, brinca e ri toda faceira. Nossa princesa cresceu e nós quase não percebemos, subitamente, aquele bebê que quase não interagia e morria de cólicas já reconhece vozes e as acompanha.

É com imenso prazer e pesar que acompanhamos o crescimento da nossa pequenina, prazer por vê-la desenvolver-se sadia, e pesar por saber que nunca mais a veremos como um dia foi...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Hospital (pate II)

Após receber um relatório em que consta exames normais na data da admissão, e dificuldade respiratória como motivo da internação, além de tempo de cateterização umbilical de 9 dias, transferimos nossa filha para outro hospital, onde reavaliaram todos os exames anteriores, descartando o diagnóstico de enterocolite  e iniciaram a procura por um foco de infecção para descartar a sepsia... o que aconteceu no dia seguinte, com um simples ultrassom de abdomem.

Descobrimos que, inicialmente, o quadro era de simples desconforto respiratório, comum à prematuros, e que devido à cateterização umbilical prolongada, desenvolve-se um abcesso em seu fígado (leia-se infecção BEM localizada) e que em decorrência deste quadro houve derrame no pericárdio.

Por "sorte", tivemos tempo de transferir nossa bebê para um hospital em que se interessavam por ela à tempo de trata-la... tivemos que esperar mais 26 dias até irmos com ela pela primeira vez para nossa casa, mas graças à médicos que antes de tudo são humanos e altruístas nossa filha está viva.

Se você chegou ao nosso blog em busca de informações sobre maternidades, não tenha seu filho no São Lucas... o que nós vimos lá foi, descaso, sujeira, médicos desinteressados e mal educados, péssima infra- estrutura e equipe médica incompleta.

Minha filha poderia ter morrido nas mãos deles, enquanto eu deveria estar colocando minha casa em ordem...

Nascimento e hospital (parte I)

Após mais de 1 mês monitorando o ILA que teimava em baixar, tivemos nossa cesárea agendada no dia 17/10... seria dia 19, às 15 horas... nossa libriana estava para chegar!!!

O nascimento da Alice estava previsto pra se dar quando já estivéssemos noutro endereço, uma casa maior (com um quarto só dela), mas a mudança ainda estava pendente, portanto antes de tudo era preciso resolver esse pequeno problema, e foi o que fizemos.

Nos dias que antecederam sua chegada não preparamos apenas as coisas dela, mas também a casa nova... fizemos mudança, compramos o que faltava pra ela, e foi assim, sem tempo pra ansiedade que o grande dia chegou.

Eu que já estava preparada para a cesária (leia-se tranquila e depilada) entrei para o CO perto das 14hrs, sem saber que nesse momento acabava a parte fácil... tudo que ocorreu a seguir foi torturante!

Após ser preparada para a cirurgia, recebi a "visita" de um senhor que não se apresentou, e me fez algumas perguntas sobre a gestação e a bebê... o respondi por deduzir que tratava-se de um médico, mas ao ouvir meu tempo de gestação ele abandou meu leito e foi gritar com a enfermagem, fiquei aguardando e o mesmo retornou pra confirmar comigo se a Lili realmente era prematura... "sim, foi o que eu disse... 36 semanas e 4 dias"... ele ficou transtornado, reclamava que não haviam avisado e não tinha vaga pra ela na UTI neonatal e saiu de novo.

Este seria o pediatra responsável pelo parto, Dr. José Joaquim Sanches, era o único no plantão... e tive que "engoli-lo", após ouvir do meu obstetra que eu poderia ser transferida, o fulano voltou, um pouco  mais cordial, dizendo que a vaga deveria estar reserva para o caso de alguma intercorrência, mas que estava tudo bem e o parto seria feito mesmo assim.

Fui para a sala de parto, e ao ver o Léo entrar na sala, me pus à chorar... ele não entendeu e eu não expliquei, não havia porque preocupa-lo. Lili nasceu às 15:40, pelas mãos do Dr. Adriano Paião, com Apgar 9/9, saudável, com 2570Kg e 43cm.


Achando que tudo estava resolvido, me recuperei e fui para o quarto, esperar a bebê... mas o que recebi foi a notícia de que ela ficariam internada na neonatal pois tinha broncopneumonia  e a partir daí foi um susto após outro, lagrimas correndo e leite secando... Alice ainda foi diagnosticada com sepsia e enterocolite necrosante, até sua transferência deste açougue.

Durante 20 dias nossa filha foi negligenciada, e, minha preocupação foi ridicularizada... ao procurar a direção do hospital por algumas vezes, ouvi que deveria me ocupar em colocar minha casa em ordem e deixar que a equipe fizesse seu trabalho pois não havia nada errado com os procedimentos e com a evolução da minha filha.

"bebês prematuros são uma caixinha de surpresa e infecção é NORMAL"